O Desejo do Império e o Império do Desejo
A partir das imagens históricas dos artistas viajantes do Brasil colonial e sobretudo das fotografias chamadas "etnográficas", que exploravam o exotismo e o erotismo de nativas das colônias, a artista propõe uma reflexão sobre a contrução dos imaginários coloniais, sobretudo da imagem das mulheres dentro do discurso colonialista europeu, corpos exóticos, eróticos, colonizados, periféricos e quase sempre negros. Da história de Saartjie Baartman - a chamada Vénus de Hotentote, que em princípios do século XIX era exibida nos meios científicos e de entretenimento em Londres e Paris, aos chamados zoológicos humanos nas exposições européias, a verdadeira história e identidade dessas mulheres, corpos sem nome, foi apagada, "branqueada" e silenciada. Essa imagem erotizada e exotizada era central no discurso colonialista. Para alimentar o desejo de um império, incentivava-se o império do desejo.
Fontes:
https://www.publico.pt/2013/08/25/jornal/rosita-e-o-imperio-como-objecto-de-desejo-26985718
http://www.scielo.mec.pt/pdf/csoc/v29/v29a06.pdf
Sarah Baartman
O Desejo do Império e o Império do Desejo / The Desire of an Empire and the Empire of Desire
Rositas
Desejos Coloniais / Colonial Desires
Ex-Centric
Delírios Tropicais / Tropical Delirium